Antes de tudo, a Pinguim vai te dar uma dica preciosa, lá vai: pule a abertura, é maior que a vida, sem mentira nenhuma são dois minutos de abertura, me agradeça depois!
Houve a troca de ator do final da primeira para a segunda temporada – saiu o Aml Ameen e entrou para o elenco o Toby Onwumere – e já podemos ter um vislumbre de como será a sua atuação na série, um dos pontos engraçados, divertidos e dinâmicos do episódio foram as referências, dentre elas, destaco a que foi feita em decorrência da troca dos atores, em determinado momento Capheus (Toby Onwumere) diz ao Jela (Paul Ogola) que “Os rostos mudam, mas o coração, não” em uma conversa sobre mudar o Van Damme. Mas, não para por aí, momentos depois, o Jela diz a Capheus: “Falando em rostos, tenho que dizer que você parece meio diferente” em resposta ele diz: “Novo barbeiro!”. Então, galera, lembrem-se que um barbeiro é super importante caso vocês queiram mudar o visual.
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Ainda dentro das questões mais sérias, houve algumas abordagens sexuais – que já estamos muito bem acostumados, você e eu, telespectadores da série – durante o episódio do qual estamos falando nessa review. Entre uma delas, a Sun está contando sobre uma das suas experiências sexuais e durante o relato ela diz algo muito importante que eu gostaria de ressaltar:
Claro que muito mais foi desenvolvido e a narrativa dentro da cena é muito mais do que essa frase que aqui coloquei, mas o que quero retratar é que essa tentativa de quebrar tabus é marcante na série e durante o contexto da cena juntamente com essa citação reforçam ainda mais o quanto sexo não deveria ser um tabu, por ser algo inerente a nós, por fazer parte do que somos e por ser algo natural, além de reforçar que sentir prazer não é errado. Por isso, esse especial foi bem importante, pois trouxe vários discursos e várias narrativas utilizando a parte visual – como um complemento – para abordar assuntos sérios e que por vezes são tabus, nos trazendo, portanto, reflexões e ensinamentos, além é claro de nos mostrar uma nova forma de enxergar essas questões.
Os momentos em que os sensates estão juntos são bem emocionantes, pois a interação entre eles aumentou, pois, cada vez mais, eles compartilham situações que vão além da conexão de ser sensates; eles compartilham sentimentos, vivências, dores, problemas e o principal a sensação de não estarem sozinhos diante disso tudo.
Uma das coisas que mais gostei nesse episódio é que todos estavam se sentindo presos e desejando encontrar liberdade, isso faz com que eu me identifique e me conecte a cada um deles. Através de tantos assuntos abordados na série muitas pessoas veem e se identificam também, logo há conexões entre nós e eles, portanto naquele breve momento em que os vemos vivendo algo que vivemos nos tornamos sansates também.
Outra característica marcante da série é a fotografia que nesse episódio, além de trazer uma incrível beleza a tela, trabalhou em conjunto com o roteiro, a trilha sonora – que foi ótima -, as atuações, os figurinos, enfim, trabalhou com o todo para engrandecer ainda mais o que o episódio queria nos transmitir.
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Enfim, o episódio foi perfeito em suas medidas, teve um balanceamento certo entre trazer toda uma carga emotiva – levantando assuntos densos e nos fazendo pensar a respeito deles – e ao mesmo tempo apresentar momentos de leveza em que tivemos várias cenas de alívio cômico e situações até mesmo engraçadas. O episódio que nos faz colocar a mão na consciência é o mesmo que nós faz dar risadas, nos mostrando, mais uma vez, que é possível fazer piadas e brincadeiras sem utilizar o preconceito como recurso para tal coisa. Quando digo que foi perfeito em suas medidas, quero dizer que teve um ritmo adequado para cada tema proposto: é descontraído e divertido quando deve ser; ao fazer o levantamento de assuntos importantes, usa a abordagem em tom mais sério, além, é claro, de ser tocante, emocionante e comovente quando quer alcançar o telespectador. É, sem sombra de dúvidas, um episódio inteligente.
Ao final das 2 horas de exibição, o especial chega ao fim nos deixando empolgados, até demais, para a próxima temporada, pois ficamos com aquela sensação de satisfação, mas ao mesmo tempo com a necessidade de mais e com a certeza de que podemos confiar que coisas incríveis virão!
Tagarelem comigo, me contem o que mais gostaram nesse Especial de Natal, o que acharam mais tocante e o que vocês tiraram de aprendizado, certo?
Fundadora e Editora-Chefe. Virginiana e defensora da terra.
Um pouco Lorelai demais, não só na quantidade exagerada de café, mas também na capacidade de falar muito em pouco tempo. Whovian apaixonada. É possível me encontrar, entre um salto temporal e outro, em Doomsday ou em qualquer biblioteca ou cinema do mundo.
Eu amo Sense8 e fiquei muito triste com o cancelamento da série, lembro desse episódio de Natal e o quanto todos os fãs ficaram ansiosos pela 2ª temporada. Entendo que é uma série de alto custo, mas não gostei da forma como foi cancelada. Agora é aguardar o próximo episódio especial, que finalizará a série.
http://lenabattisti.blogspot.com.br/
É meio difícil engrenar na história no começo, mas depois que embala, só vai hahaha
Acredito que se ver do começo certinho, tem mais chance de você gostar. Tempo é algo complicado né, várias correrias.
Abraço!
Não sou fã de Sense8. Na verdade não assisti mais do que alguns episódios aleatórios acompanhados de uma amiga que gosta bastante. Quem sabe algum dia eu comece do começo… Me falta tempo. haha
Abraço!!
De onde vim: 'Palavra Pensada' (: