Em celebração a sua vigésima edição, o Festival Internacional de Cinema Fantástico (Fantaspoa) inicia sua jornada fantástica pelo cinema em 10 de Abril com duas sessões musicadas de um grande clássico do expressionismo alemão: As Mãos de Orlac (1924) do diretor Robert Wiene.
O festival acontece de 10 a 28 de Abril em diversos espaços culturais de Porto Alegre, sendo eles: Cinemateca Capitólio, Casa de Cultura Mário Quintana, Instituto Ling e Cine Cult Vitória, este último sendo a novidade da edição deste ano.
As sessões musicadas, sucesso do festival, são realizadas no Instituto Ling, localizado na rua João Caetano, 440 no bairro Três Figueiras. Como um esquenta para o festival, o Instituto realizou ontem (27) e realizará uma outra sessão hoje (28) de Drácula de 1931, dirigido por Tod Browning. O icônico filme vampiresco teve suas sessões esgotadas.
Apresentado pela dupla pós-punk Ron Selistre e Francisca Braga, as sessões de As Mãos de Orlac serão exibidas em dois horários: às 18h e às 20h30. Combinando exibição de filmes clássicos com performances musicais ao vivo, as sessões musicadas fornecem uma experiência única aos amantes da sétima arte.
Em homenagem ao centenário do épico de Fritz Lang: Os Nibelungos – que serviu de inspiração para o pôster do Fantaspoa – o Instituto Ling irá ainda exibir a primeira parte: A Morte de Siegfried em 16 de Abril e a segunda: A Vingança de Kriemhilde em 17 de Abril.
Para as sessões de As Mãos de Orlac e Os Nibelungos os tickets estão à venda no site www.institutoling.org.br e na recepção do centro cultural, com preços de R$ 40 (inteiro) e R$ 20 (meia-entrada) para cada exibição.
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As Mãos de Orlac (1924) – Abertura do XX Fantaspoa
Dia 10 de abril, quarta-feira, às 18h e 20h30
Sinopse: Paul Orlac, um famoso pianista, perde as mãos em um acidente. Através de um procedimento ele consegue substituí-las, porém, o que Orlac não sabia é que as novas mãos pertenciam a um assassino.
Músicos: Ron Selistre (guitarra) e Francisca Braga (serrote) têm um histórico no pós-punk, tendo integrado por muitos anos o trio Damn Laser Vampires, banda porto-alegrense que, na década de 2000, ganhou projeção nacional e internacional com sua fusão de psychobilly, new wave e polka. Em seus trabalhos solo, passaram a desenvolver sonoridades diferentes: Ron assumiu o universo das baladas em seu Solomon Death, e Francisca criou o Ghost Behind You, em que explora a atmosfera peculiar do serrote.
Os Nibelungos (1924)
Dia 16 de abril, terça-feira, às 20h – Parte 1 – A Morte de Siegfried
Dia 17 de abril, quarta-feira, às 20h – Parte 2 – A Vingança de Kriemhilde,
Sinopse: O filme alemão de fantasia, que adapta o poema épico germânico Canção dos Nibelungos, conta a história de Siegfried, filho de um rei, que após ter se convertido num guerreiro excelente deve voltar ao castelo de seu pai. Logo fica sabendo da história da princesa Kriemhild e decide abandonar de novo o castelo para salvá-la.
Músicos: Carlos Ferreira é guitarrista e compositor experimental, cujo trabalho se preocupa com a natureza da escuta e explora as relações entre som, espaço, tempo e memória. Artista dos selos Past Inside The Present (EUA), Modern Obscure Music (Espanha) e AKP Recordings (EUA). Rita Zart é cantora, compositora e diretora musical. Melhor Produtora de Trilhas Sonoras para Cinema no Prêmio Profissionais da Música 2023 e Melhor Trilha Sonora de Longas Metragens no 51º Festival de Cinema de Gramado, dirigiu e compôs trilhas sonoras de produções que estrearam em festivais como Berlim, Veneza e San Sebastián. Mariano Poc (composição, violoncelo e acessórios) e Germán Suane (composição, guitarra e acessórios) apresentam-se em formato de duo para sonorizar clássicos do cinema mudo com música original ao vivo. Esses músicos e educadores argentinos, formados no Conservatório Superior de Música Manuel de Falla (C.A.B.A., Argentina), exploram diversas sonoridades e estilos ao longo de suas performances, incluindo música acadêmica (clássica, romântica, moderna, contemporânea, entre outros) e folclórica.
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Fundadora e Editora-Chefe. Virginiana e defensora da terra.
Um pouco Lorelai demais, não só na quantidade exagerada de café, mas também na capacidade de falar muito em pouco tempo. Whovian apaixonada. É possível me encontrar, entre um salto temporal e outro, em Doomsday ou em qualquer biblioteca ou cinema do mundo.