Thor está aprisionado do outro lado do universo, sem seu martelo, e se vê em uma corrida para voltar até Asgard e impedir o Ragnarok – a destruição de seu lar e o fim da civilização asgardiana – que está nas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a terrível Hela. Mas primeiro ele precisa sobreviver a uma batalha de gladiadores que o coloca contra seu ex-aliado e vingador – o Incrível Hulk.
Temos muitos personagens explorados na trama, Hulk se faz muito presente, afinal como combater o Ragnarok sem ele, não é mesmo? Vemos as nuances e diferenças entre das personalidades entre o Banner e o grande (mais para enorme) Hulk. Algo muito interessante foi a escolha de incluírem um pouco da história de Planeta Hulk, edição 98 do quadrinho O Incrível Hulk para o arco no planeta Sakaar, a dinâmica entre o alter ego do Bruce Banner dentro de seu “próprio” planeta foi o principal elemento de inspiração para as cenas em Sakaar, a intenção é fazer com que Hulk tenha a sensação de que pertence a algum lugar, bem interessante, não?
Explorar o lado cômico do Chris Hemsworth foi o grande acerto, devido ao tom humorístico que o longa possui, a naturalidade com que o ator de Thor apresentou o seu humor, foi importante para a construção de sua personalidade mais descontraído, mais natural, mas sem deixar de ter a potência de um guerreiro. Por consequência disso, temos um Thor muito mais humanizado, que constantemente, tira sarro e ri de si mesmo. Gostamos mais assim!
A naturalidade foi algo bem explorado pelo Taika, uma vez que houve pequenos improvisos em algumas falas, certo uso da pausa durante os diálogos também, o que eu descobri que diz muito a respeito do estilo do diretor, que já usou esses recursos em suas obras anteriores e que para Thor: Ragnarok foi uma escolha interessante, uma vez que complementou o lado cômico que a obra tem, dando um toque diferenciado.
Algumas piadas e momentos de humor caem muito bem, podemos dar altas risadas e a Pinguim não está brincando quanto a isso, nos divertimos demais com a histórias e as situações. Algumas tiradas são realmente hilárias. Mas, se por um lado a utilização desse recurso nos agregou divertimento, por outro a mão pesou um pouquinho na medida, pois as cenas mais dramáticas perderam um pouco do seu impacto, algumas perdas que deveriam ser sentidas pelos personagens e até mesmo por nós tiveram sua intensidade reduzida por todo o clima de descontração criado em cenas anteriores, mas a Pinguim gostaria de ressaltar que isso não é algo necessariamente ruim, a proposta era trazer mais leveza à trama que possui conteúdos com peso bem dramático e que já teve esse lado mais bem explorado nos filmes anteriores.
A Marvel tem se descoberto cada vez mais em cenários em que há bastante do cômico e tá tudo bem, né?
A fim de complementar ainda mais o clima criado no longa, temos a paleta de cores, que as traz mais vibrantes e mais vivas, em diversos momentos o filme é bem colorido, de encher os olhos, digo. A escolha da trilha sonora foi algo excepcional, as músicas entoaram cenas em que a ação era precisa, dando ritmo para as lutas e combates, tornando tudo eletrizante, uma especialidade do deus do trovão, não é mesmo?
A fotografia é lindíssima e destaco o cenário de Asgard, além de todas cenas no espaço, que foram embaladas por sons que nos remetiam a Star Wars, inclusive, nos créditos constava a LucasFilm, acredito que a semelhança não é apenas coincidência, viu? Aproveito para enaltecer o quão bem desenvolvido foi elementos do universo da própria Marvel, fazendo usos de easter eggs e referências. Além de explorar a variedade que ele pode proporcionar, temos a sensação de que existe muito mais acontecendo à parte daqueles eventos e isso é excelente para a construção da ideia de que os momentos ocorridos dos outros filmes estejam acontecendo simultaneamente e até mesmo a impressão de que já aconteceu ou vai que acontecer, como a conexão e ponte para possíveis ocorrências da, então, esperada Guerra do Infinito.
O ponto alto da trama é mostrar a interação de seus personagens, sem ser forçado, além de fazer bom uso da vasta quantidade de figuras que possui, tivemos a introdução de vários personagens distintos em características físicas, de espécies, nacionalidades e, principalmente, em originalidade de personalidades. Eles sabem que a gente ama conhecer criaturas novas, diferentes, divertidas, né?
Quanto ao roteiro, tivemos uma boa construção da história, os elementos essenciais para o desenvolvimento dos personagem foram bem elaborados, sendo, possível a compreensão de quem são e além, é claro, de ser capaz de atar o enredo para os filmes a seguir, como Vingadores: Guerra Infinita. Temos clareza e perfeito entendimento do propósito do filme e de seus protagonistas, com diálogos que reforçam a interação sincronizada deles e ainda de bônus temos um final surpreendente.
Thor: Ragnarok não traz elementos inovadores para o gênero dos filmes de herois, mas se apresenta como transformador para a história do heroi. Apesar de alguns efeitos fracos quanto ao CGI trazendo uma irrealidade aos monstros e criaturas, muitas vezes, o cenário oitentista expresso em cores, figurinos e música trazem todo divertimento que a história precisava. Assim como todas as cores vibrantes e o humor vieram para revelar que um novo Thor vinha surgindo, uma nova fase, e, sendo, portando, aquela que o deus do trovão merecia.
Nota da Pinguim: é um dos filmes mais leves e divertidos da Marvel depois de Guardiões da Galáxia, é claro, aquela turminha realmente conquistou o seu espaço.
Tagarelem comigo, estão com expectativas para o filme? Já assistiram? Querem assistir? Gostam de Thor? Temos muitas tagarelices para colocar em dia como vocês podem ver.
Olha a Pinguim bem plena posando com os heróis |
Nota, antes que eu esqueça: A cena pós crédito é muito interessante, fica aquele suspense no ar quando ela acaba e juro a ansiedade para Guerra Infinita aumenta bastante, mas me refiro a primeira cena, pois de uma espera demoradinha tem outra, mas essa, confesso, não vale a espera.
Fundadora e Editora-Chefe. Virginiana e defensora da terra.
Um pouco Lorelai demais, não só na quantidade exagerada de café, mas também na capacidade de falar muito em pouco tempo. Whovian apaixonada. É possível me encontrar, entre um salto temporal e outro, em Doomsday ou em qualquer biblioteca ou cinema do mundo.
Oi Tais <3
Acredita que eu me acostumei já? É meio que automático e quanto mais eu percebo esses detalhes, mais empolgada fico. Acabo aproveitando bem mais.
AAAA, que demais, fico extremamente feliz de trazer essa experiência com a escrita <3
HAHAHAHAHHA acredita que eu vivo confundindo algumas atrizes também, principalmente se elas foram parecidas.
Beijos da Pinguim!
Uma pergunta que eu sempre me fiz: Será que os críticos de cinema conseguem curtir o filme na totalidade tendo que prestar atenção em tantos detalhes como fotografia, trilha sonora, efeitos, interpretações e tudo o mais que tu mencionou no post???
Guria, esse post ficou incrível!!! Me senti na sala de cinema, tchê!
E, óbvio, fiquei com muito mais vontade de ver o filme.
Achei familiar o rosto da Cate Blanchet, mas juro (que vergonha!), não a tinha reconhecido. Assim como a "Valquíria", eu tinha quase certeza que era a Michelle Rodriguez (Velozes e Furiosos) mas tinha algo nela que parecia diferente… Claro! Não era ela hahahaha
Parabéns pelo post.
Um beijo.